Tratamentos
Endodontia Clínica
É uma das especialidades da odontologia que apresenta os maiores índices de sucesso. Estudos recentes apontam taxas que variam entre 85% e 95%, dependendo principalmente se o dente está necrosado (morto) ou vital.
A execução do tratamento endodôntico inicia-se com um correto diagnóstico, seguido de um adequado planejamento. Também é de extrema importância sermos rigorosos no controle de infecção e obediência aos princípios mecânicos e biológicos do preparo do canal radicular. A utilização de materiais e técnicas biocompatíveis e posterior restauração do elemento dentário serão primordiais para o sucesso do caso.
Além disso, não devemos esquecer da influência direta da condição sistêmica do paciente no sucesso do tratamento.
Retratamento de Canal
O insucesso na terapia endodôntica pode ser resultado de várias falhas técnicas que impossibilitaram o controle e prevenção da infecção endodôntica. Remanescentes de polpa, tecido necrosado, bactérias e produtos bacterianos podem permanecer em áreas inacessíveis no interior do sistema de canais radiculares, resultando na permanência de uma infecção instalada na porção apical da raiz.
A permanência da sintomatologia, a perpetuação do processo patológico ou o surgimento de uma lesão onde não existia, são as principais situações que levam o profissional a retratar um canal. Também dentes com tratamento endodôntico insatisfatório, porém sem sintomatologia, são comumente indicados para serem retratados antes de iniciar uma reabilitação protética.
É importante salientar que o índice de sucesso nos retratamentos é menor que nos tratamentos primários, uma vez que o tratamento inicial pode ter alterado a anatomia original do canal, dificultando o alcance do limite de trabalho. Também as infecções secundárias são, na maioria das vezes, mais resistentes que as infecções primárias.
Cirurgia Parendodôntica
O tratamento endodôntico é um meio seguro e eficaz de preservar dentes que de outra forma estariam perdidos. Entretanto, existem situações como lesões persistentes, presença de um corpo estranho no interior do canal e perfurações na raiz, onde ocorre a manutenção de microrganismos na porção apical e periapical do dente, impossibilitando o controle da infecção endodôntica. Diante de um fracasso endodôntico, a primeira opção recai sobre o retratamento, mas em algumas situações se faz necessário uma complementação cirúrgica.
A Cirurgia Parendodôntica ou Cirurgia Periapical tem a finalidade de remover o agente causador do processo patológico. Dentre outras técnicas, a modalidade mais empregada é a Apicectomia com Obturação Retrógrada, onde é removida a lesão apical, juntamente com o ápice do dente envolvido. Posteriormente é realizado o preparo do canal radicular com o auxílio do ultrassom e a obturação do mesmo com material biológico compatível. Em alguns casos podem ser utilizados enxertos ósseos e membranas a fim de diminuir o defeito causado pela infecção.
Está indicada em casos de complicações anatômicas (canais curvos ou calcificados), problemas iatrogênicos, traumatismos, necessidade de biópsia, defeitos endo-periodontais e dentes previamente tratados e com lesões persistentes, além de dentes com presença de núcleo e coroas definitivas ou próteses extensas onde a remoção das mesmas é contra indicada.
Está contra indicada quando o tratamento ou retratamento for a forma mais conveniente e segura para a cura da lesão, problemas periodontais severos, raízes de difícil acesso cirúrgico, raízes muito curtas, pacientes com problemas patológicos em fase aguda, como diabetes não compensada, alterações sanguíneas, uso de anticoagulantes e imunodeprimidos.
Remoção de Retentores (Pinos) Intra-radiculares
Os pinos intra-radiculares são utilizados em dentes tratados endodonticamente quando o remanescente dental não promove uma adequada retenção e suporte para a futura restauração, sendo divididos em núcleos metálicos fundidos e pinos pré-fabricados, metálicos e não metálicos.
A remoção se faz necessária quando o tratamento endodôntico ou protético estiver inadequado, associados ou não com lesão periapical e sintomatologias associadas à periapicopatias, onde o melhor planejamento é o retratamento endodôntico.
A técnica ideal para remoção de retentores é aquela que requer a mínima remoção de estrutura dentária, com baixo risco de fraturas e perfurações. Diversas técnicas e dispositivos têm sido indicados, dentre eles, o desgaste com brocas de alta rotação e a vibração ultrassônica associada à tração do pino.
Alguns fatores como o tipo, comprimento, direção e calibre do pino devem ser observados durante o planejamento do tratamento; além da adaptação da prótese e falhas na cimentação. Esse planejamento deve avaliar o risco-benefício da remoção e as possíveis complicações, podendo, em alguns casos, ser indicada a cirurgia parendodôntica para resolução do caso.
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